
Esse negócio estranho
de seguir o destino
de um sonho de outra cabeça
é mal de são.
Nós,
os que sambamos
no velório das certezas
Nós,
os que gozamos
com a língua
tortográfica
O nosso santo
não bate
no mesmo meio-dia
Nós carregamos
uma varinha mágica
que na verdade é redonda
e tem um verso
que junta arestas
E esse negócio estranho
de acreditar
numa tal de verdade
Esse negócio estranho
pra nós,
os que cremos apenas
no deus ateu do absurdo,
Esse negócio estranho
é verme criado em água sanitária,
é lama mal-dita,
é Mal de são.