[esse poema maluco é de uma época de delírio juvenil, 2010]
Putas puras pairam pelas praças
Procurando pelas putas podres pra penhores.
Porém putas puras preservam pudores
Presos por pecados, por pirraças.
Putas podres passeiam pelos pontos
Por precisarem perseguir pecúnias.
Putas puras perfumadas por petúnias
Procuram putas podres por preços prontos.
Putas puras perscrutam prazeres perdidos
Por possuírem perenes proibições.
Piscam, pescam putas podres, perdições
Portam preces, porém permanecem pervertidos.
Parcas, pardas, parcimonizadas,
Putas puras prostituem purezas preciosas.
Perecendo piegas, porém, perniciosas,
Prelibam poderes –Pedantes piadas!
Porém, putas podres, perspicazes, preludiam
Para putas petrificadas pósteras poentes.
Pureza perfídia: Prisão permanente!
Póstumos pudores por pauladas pereciam!
Preparem-se, puros pensadores!
Protejam-se, pregadores pernósticos!
Putas parirão protestos poéticos,
Perante putas prostrar-se-ão pobres pavores.
Putas puras, pressurizadas por preconceitos
Plangentes permanecem por pífias previsões…
Porém, perder-se-ão preconizadas punições
Pois permaneceremos, podres putas, putos pecados perfeitos!
Permaneceremos, podres putas, permissivas, permitidas
Pois purezas perderam propósitos, praticantes.
Permaneceremos, podres putas, perfeitas, pululantes,
Passeando pelas praças, paraísos –Poesias paridas.